26.11.05

Crescer

É difícil crescer... perder a inocência que nos caracteriza enquanto somos crianças. Deixamos de acreditar. Hoje recebi uma notícia que me fez pôr em causa tudo aquilo que somos e fazemos. Como num segundo perdemos todos os sonhos que fomos construindo. Acredito que tudo na vida acontece porque tem que acontecer. Mas às vezes é difícil pensar assim... porque há coisas que não deviam acontecer.
As coisas deviam funcionar ao contrário. Nascíamos velhos e íamos ficando crianças. Porque assim como é vamos "desaparecendo". Deixamos de ser quem éramos. A vida torna-nos diferentes. Ou indiferentes. Provoca-nos mazelas e feridas que ficam para sempre abertas... bem escondidas e guardadas num cantinho. E tentamos passar à frente. Refugiando-nos nas memórias e recordações com que ficamos para tentar apaziguar a dor. Dor de lembrar e dor de esquecer.

25.11.05

Amizade

Ontem fiz mais um ano. Tive um dia muito bom. Senti-me amada. Senti que continuo a ser aquela menina que treme de nervos e de emoção a cada vez que o telefone toca para mais um amigo me fazer sorrir. Obrigada a todos. Pelo brilho que deram aos meus olhos.

22.11.05

Mas afinal?

É terrível a sensação de vazio. Vazio no sentido de ilusão. Querer mais. Alguém uma vez me disse que eu nunca iria ser extraordinariamente feliz. Feliz, sim. Mas não nunca seria o bastante. Porque eu iria sempre exigir mais. De mim, dos outros, do mundo. Pergunto-me se não será verdade. A felicidade não é, nem pode ser algo que procuremos incessantemente. Devemos ficar felizes com as pequenas coisas que nos dão prazer. Com as pequenas coisas que nos vão acontecendo ao longo do dia. Com alguém que me diz "gosto de ti". Mas eu quero sempre mais. Uma felicidade perfeita. A frustação é saber que ela não existe. Mas então pergunto-me. Porque é que não consigo sentir isso mesmo?
Os momentos felizes acontecem. Eu sinto-me feliz. Eu estou mesmo feliz... mas parece que falta sempre algo. E quando me dizem que eu não acredito em mim pergunto-me até que ponto não terão razão... e não será isso que me impede de avançar.

21.11.05

Há dias dificeis

... em que temos que tomar decisões. Virar à direita ou à esquerda... Seguir em frente ou voltar para trás... Decisões essas que modificam todo o rumo da nossa vida. Pequenas e simples ou grandes e difíceis mas que tudo podem alterar. Ou não. E depois da difícil questão tentamos sempre convencer-nos que fizemos a escolha certa. Mas de uma coisa eu tenho a certeza... só o tempo o dirá. E mesmo esse que nós julgamos estar sempre do nosso lado, normalmente está contra nós. E nem sempre se revela um bom conselheiro. É difícil fazer escolhas. Branco ou preto? Azul ou verde? Principalmente se essas escolhas afectam pessoas... E principalmente quando não nos conseguimos explicar a nossa decisão. Será um feeling? Mas achamos sempre que são os outros que estão errados. Não nos damos ao trabalho de parar e pensar. E se eu for eu a estar errada? E daí tirar as devidas ilações. Mas é complicado. E por vezes sentimo-nos completamente sós nas nossas decisões. Mas a verdade é esta: Tenho que estar consciente do que decidi. Assumir as consequências. E acreditar que foi este o melhor caminho.