29.11.06

Shakespeare tinha toda a razão...

Depois de algum tempo, aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que os beijos não são contratos e os presentes não são promessas. E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e a olhar para a frente, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprendes a construir todas as tuas estradas hoje, porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para fazer planos e o futuro tem o costume de cair em vão.
Passado um tempo, aprendes que o sol queima se apanhares demais.
E aprendes que não importa o quanto te importas algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando — e deves perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se levam anos para construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que podes fazer coisas num instante de que te arrependerás para o resto da vida.
Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo distantes.
E que o que importa não é o que tem a vida, mas quem se tem na vida.
E que os bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam; percebes que tu e o teu melhor amigo podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida te são tiradas muito depressa, por isso devemos sempre deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas — pode ser a última vez que as estamos a ver.
Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas que somos nós os responsáveis por nós mesmos.
Começas a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser e que o tempo é curto.
Aprendes que não importa onde já se chegou, mas para onde se está a ir, e que se não se sabe para onde se está a ir, qualquer caminho serve.
Aprendes que ou controlas os teus actos ou eles controlar-te-ão; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação - existem sempre dois lados.
Aprendes que os heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprendes que a paciência requer muita prática.
Descobres que algumas vezes as pessoas que esperas que te pontapeie quando cais são das poucas que te ajudam a levantar-te.
Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve e o que se aprendeu com elas do que com quantos aniversários se celebraram.
Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas.
Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que os sonhos são tontices: poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobres que só porque alguém não te ama como tu queres que ame, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como o demonstrar ou viver isso.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser-se perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti próprio.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, noutra altura serás condenado.
Aprendes que não importa em quantos bocados o teu coração foi partido — o mundo não pára para que tu o consertes.
E aprendes que podes realmente suportar, que és realmente forte e que podes ir muito mais longe depois de teres pensado que já não podias.
E que a vida realmente tem valor e que tu tens valor perante a vida!
Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores.
As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

William Shakespeare

1 comment:

lr said...

isto é de shakespeare?mesmo? não conhecia, mas é muito bonito.