20.2.06

Munich.

Não consigo deixar de falar neste filme. Na inquietudade que me transmitiu. Pela magnífica realização. Por conseguir não tomar partido de nenhum dos lados e por nos questionar. Sobre nós, seres humanos, na nossa essência, sobre culturas ou mesmo civilizações. Sentimo-nos torturados e amargurados da mesma forma que se sente Avner. Porque deixou de conseguir viver, de amar e mesmo de sentir. Porque vive amargurado. Porque deixou de acreditar. É angustiante a forma como Spielberg filma Munich, a forma como desconstrói toda a história. A capacidade de nos mostrar plano a plano a violência silenciosa que corrompe o amâgo de cada um de nós. Até onde seremos capazes de ir?

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